Árvore de copa redonda, de 10 a 14m de altura, revestida por um grossa casca avermelhada com flores exuberantes, vermelhas e frutos do tipo vagem, de 6 a 12cm de comprimento, com 1 até 6 sementes. Nativa da parte central do Brasil, abrangendo São Paulo, Minas Gerais, Mato Grosso do Sul, Mato Grosso, Goiás até Tocantins e Bahia.
Ficha Técnica
Nome popular: Mulungu
Nome científico: Erythrina mulungu Marth. ex Benth.
Família: Fabaceae
Sinônimos Populares: Amansa-senhor, suinã, árvore-decoral
Sinônimos Científicos: Corallodendron mulungu, Erythrina christinae
Parte Usada
- Casca
Forma de Uso
- Ornamental
Medicinal
Uso Interno
- Pó
- Infuso
- decocto
- Extrato fluido
- Tintura
Uso Externo
- Decocto
Posologia
Medicinal
Uso Interno
- Pó: as cascas devem se moídas até se transformarem em pó e podem ser misturadas ao leite ou ao mel. Utilizar até 12g ao dia.
- Infuso: Verter água fervente suficiente para uma xícara de chá sobre aproximadamente 5g de cascas. Tampar. Deixar em repouso de 10 a 15 minutos e coar. Tomar 1 a 2 xícaras ao dia antes de deitar.
- Decocto a 2%: Adicionar aproximadamente 5g de cascas a quantidade suficiente para 1 xícara de chá de água fervendo. Deixar cozinhar em fogo baixo por 10 a 20 minutos. A seguir, deve-se coar a mistura. Tomar 1 a 2 xícaras ao dia antes de deitar. O decocto deve ser tomado no mesmo dia do preparo
- Extrato fluido: 1 a 4mL ao dia.
- Tintura: 1 colher de sobremesa a cada 8 horas.
Uso Externo
- Decocto: utilizar em banhos para relaxamento.
Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal
Ação
- Sedativa e tranquilizante
- Analgésica
- Anti-inflamatória
Indicações
- Excitação do Sistema Nervoso
- Agitação
- Insônia
- Tosses nervosas
- Dores reumáticas
- Nevralgias (dor aguda que segue o caminho de um nervo e ocorre devido a irritações ou danos ao mesmo)
- Asma
- Hepatite
- Obstruções no fígado e baço
Precauções
- As sementes apresentam certa toxicidade.
Contraindicações
- Não foram encontradas contraindicações na literatura consultada.
Observações
- Armazenar em recipiente fechado, ao abrigo de luz solar, e umidade.
Curiosidades
O nome Erythrina vem do grego “erythros”, que significa vermelho, fazendo alusão às flores vermelhas das plantas do gênero.
No Brasil são encontradas mais 7 espécies de Erythrina além de E. mulungu (E. velutina, E.crista-galli, E. poeppigiana, E. fusca, E.faltata, E. speciosa e E. verna).
Várias espécies de Erythrina são usadas como inseticida e veneno para peixe.
Tenha um excelente dia!
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Referências
TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Mulungu. In: __. Herbarium Compêndio de Fitoterapia. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001.p..
JÚNIOR ARAÚJO, J. X. de et al. A Phytochemical and Ethnopharmacological Review of the Genus Erythrin: A Global
Perspective of Their Role in Nutrition, 2012. Disponível em:
http://www.intechopen.com/books/phytochemicals-a-global-perspectiveof-their-role-in-nutrition-and-health/a-phytochemical-andethnopharmacological-review-of-the-genus-erythrina. Data de Acesso: 11 de junho de 2013.
LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
MARTINS, E. R. et al. Plantas Medicinais. Viçosa: Editora UFV, 2000. Trilhas ESALQ – Árvores Medicinais: Mulungu. Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/trilhas/medicina/am10.htm. Acesso em: 11 de junho de 2013.
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Equipe de especialistas da Solaria