Planta herbácea bianual, sem pelos (glabra), aromática e ramosa, de até 2 m de altura. Apresentam folhas finas, grandes e bem divididas, flores amarelas dispostas em umbelas (inflorescência em forma de guarda-chuva), frutos
compostos por dois aquênios, parecidos com os frutos da erva-doce. É nativa da Europa, sendo amplamente cultivada em todo o Brasil.
Ficha Técnica
Nome popular: Funcho
Nome científico: Foeniculum vulgare Mill.
Família: Apiaceae
Sinônimos populares: Erva-doce-brasileira, erva doce, fiolho
Sinônimos científicos: Anethum dulce DC, Foeniculum officinale All.
Parte Usada
- Raiz
- Folha
- Fruto
Forma de Uso
- Culinária
- Os frutos são usados em bolos, doces e como tempero para peixes e carnes.
- A base das folhas é carnosa e é consumida fresca em saladas ou cozida em sopas.
- Medicinal
Uso Interno
- Infusão
- Decocção
- Vinho medicinal
Uso Externo
- Cataplasma
- Óleo essencial
- Infusão
- Linimento/Bálsamo
Posologia
Medicinal
Uso Interno
- Infusão: adicionar uma xícara (cafezinho) de frutos secos em ½ litro de água fervente. Tomar uma xícara (chá) de 6 em 6 horas, em caso de gases.
- Tomar uma xícara (chá) de 4 em 4 horas, para estimular a secreção de leite materno.
- Tomar 2 horas antes das refeições uma xícara (chá) a cada meia hora, para ação digestiva.
- Decocção: Ferver uma colher (chá) de fruto em 100 ml de água por 5min. Dar à criança no intervalo das mamadas para tratar as cólicas. Ferver 15 grs. de raiz em 1 litro de água. Tomar o decocto várias vezes ao dia, durante 15 dias, como diurético.
- Vinho medicinal: Macerar 30 grs. do fruto em 1 litro de vinho durante dez dias. Após este período coar e tomar um cálice antes de dormir, como tônico.
Uso Externo
- Cataplasma (folhas)
- Óleo essencial: como fortificante das gengivas.
- Infusão: para compressas nas inflamações oculares.
- Linimento/Bálsamo: aplicação na pele para dores musculares e reumáticas.
Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal
Ação
- Digestiva;
- Carminativa (combate os problemas de acúmulo de gases estomacais e intestinais);
- Antiespasmódica (prevenir a contração involuntária e convulsiva do tecido muscular liso – espasmos);
- Diurética (aumenta o volume de urina, facilitando a eliminação de toxinas);
- Estimulante (das funções digestivas e circulatórias);
- Galactagoga (provoca ou aumenta a secreção láctea);
- Tônica (fortificar o organismo e estimular suas funções);
- Expectorante e sedativo de tosse;
- Anti-inflamatório;
- Inseticida e antifúngica.
Indicações
- Distúrbios digestivos
- Estimular a secreção láctea (lactação)
- Bronquite
- Tosse
- Problemas oculares
- Conjuntivite
- Inflamação nos Olhos
- Abscessos de pele
- Piodermites
- Dispepsias
- Gases
- Cólicas
- Diarreias
- Azia
- Vômitos
Precauções
- Evitar a administração de doses elevadas (mais de 20 grs./litro) dessa planta, pois pode perturbar o sistema nervoso central, causando alucinações, excitação e convulsões.
- Em relação ao óleo essencial de funcho, deve ser evitado o seu uso excessivo, pois pode causar irritações na pele em alguns casos.
- O armazenamento deve ser feito em recipientes herméticos, ambiente seco e arejado, protegido da luz solar.
- Utilizar o óleo essencial do funcho só com recomendação médica.
Contraindicações
- Não foram encontrados dados na literatura consultada.
Observações
- Deve ser plantada em local definitivo, sob luz plena. A colheita é feita meses após a plantação.
- As inflorescências são colhidas somente quando os frutos passam de verde-escura para verde-amarelada ou pálida.
Não colher com fruto já secos, pois em razão da queda dos frutos, há muita perda. - Funcho é considerado planta atóxica, mesmo em doses elevadas.
- O uso do funcho durante a gestação e lactação é recomendado, pois atua como estimulante lácteo.
Curiosidades
- O óleo essencial do funcho é utilizado na fabricação de licores e perfumes.
- Os seus frutos ou sementes são utilizados na confeitaria como aromatizantes em pães, bolos e biscoitos.
- O chá do funcho é muito consumido após as refeições pois auxilia na digestão.
Referências
- LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – SP: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.
- CORRÊA, A. D.; SIQUEIRA-BATISTA, R.; QUINTAS, L. E. M. Plantas Medicinais: do cultivo à terapêutica. – Petrópolis, RJ: Editora VOZES, 246 p.
- MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais – Viçosa: UFV, 2000. 220 p.
- TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia – 4ª Ed. – Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001. 317 p.
- CURTIS, S.; GREEN, L.; ODY, P.; VILINAC, D. O Livro de Receitas das Ervas Medicinais – SP: Publifolha, 2011. 352 p.
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