O dente-de-leão é uma erva daninha, perene que pode crescer até 50cm de altura. Sua raiz é pivotante, de cor marrom e interior esbranquiçado. O caule é avermelhado, liso e oco, com uma roseta de folhas que irradiam de sua base. As folhas podem ter a borda quase lisa, dentada ou profundamente dentada, dando origem ao nome “dent-de-lion”. As flores solitárias e amarelas, são características da espécie, transformando-se em um pompom, que consiste em um conjunto de frutos minúsculos e numerosos. Cada fruto possui uma semente e um pequeno paraquedas que lhe conferem fácil dispersão ao ser levada pelo vento. Nativo da Europa, crescendo preferencialmente em lugares úmidos
Ficha Técnica
Nome popular: Dente-de-leão
Nome científico: Taraxacum officinale Weber
Família: Asteraceae (Compositae)
Sinônimos populares: alface-de-cão, chicórialouca, chicória-silvestre, taráxaco
Sinônimos científicos: Taraxacum dens-leonis Doesf., Taraxacum retroflexum Lindb. F.
Parte Usada
- Folha
- Raiz
- Flores
- Sementes
Ação
- Diaforético (provoca a transpiração)
- Estimulante
- Digestivo
- Colagogo (estimula a secreção biliar)
- Depurativo (promove a limpeza das impurezas do sangue)
- Diurético (estimula a micção)
- Tônico
- Anti-reumático
Indicações
- Problemas hepáticos
- Cirrose
- Reumatismo
- Icterícia
- Desordens hepatobiliares
- Obesidade
- Dermatoses
- Hipoacidez gástrica
- Dispepsia
- Desordens reumáticas
- Oligúria (diminuição da quantidade de urina)
- Litíase biliar
Forma de Uso
- Medicinal
Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal
Uso Interno
- Alimentação
- Infusão
- Decocção
Posologia
- Medicinal
Uso Interno
- Alimentação: As folhas verdes e amargas são usadas cruas em saladas ou cozidas como o espinafre.
- Infusão: A 10 gramas de folhas adicionar 1 litro de água , como tônico e depurativo. Tomar 3 xícaras de chá por dia, preferencialmente sem adoçantes.
- Decocção: Adicionar 2 a 3 colheres de chá das raízes em 250mL de água. Ferver por 10 a 15 minutos e tomar 3 vezes ao dia.
Precauções
- Utilizar sempre nas doses recomendadas.
- Os talos secos, se ingeridos em grande quantidade por crianças pode causar um quadro de intoxicação e irritação do trato gastrointestinal.
- Pode-se causar a dermatite de contato em indivíduos sensíveis.
- Em casos de pedra nos rins é necessária a supervisão médica.
- O uso de diuréticos em presença de hipertensão ou cardiopatia, só deve ser feito sob prescrição médica, dada a possibilidade de ocorrer descompensação tensional (alteração da pressão arterial) ou eliminação de potássio excessiva com potencialização dos efeitos cardiotônicos (no caso do dente-de-leão esse risco é menor por ser rico em potássio).
Contraindicações
- É contraindicado o consumo da planta por pacientes com oclusão do ducto biliar.
- Apesar de ser considerada uma planta segura, é contraindicado em casos de pessoas com sensibilidade gastrointestinal e acidez estomacal.
Observações
- Para problemas hepatobiliares pode ser associada a bérberis (Berberis vulgaris) e para retenção de líquidos com mil folhas (Achillea millefolium).
- Armazenar em recipiente lacrado, ao abrigo de calor e umidade
Curiosidades
- A partir do século XVI T. Officinale foi reconhecida como droga medicinal pelos boticários. É considerada umas das ervas mais seguras como diurética e com grande eficácia no tratamento de desordens hepáticas.
Referências
- TESKE. M; TRENTINI A. M. M. Losna. Herbarium Compêndio de Fitoterapia. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda., 2001. p. 265-266.
- Índice Terapêutico Fitoterápico. 1 ed. Petrópolis: IPUB, 2008.
- LORENZI H.; MATOS F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. 2 ed. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2008.
- Taraxacum officinale (Dandelion). Kew Royal Botanic Gardens. Disponível em: http://www.kew.org/science-conservation/plantsfungi/taraxacum-officinale-dandelion . Acesso em: 18/03/2014.
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