Plantas Medicinais

Conheça o Uso Medicinal do Capim-Limão

É uma erva perene, que cresce lançando novos brotos ou caules de maneira aglomerada, formando pequenas moitas ou touceiras robustas de até 1,2 m de altura. Apresenta folhas longas, estreitas, ásperas em ambas as faces e muito
aromáticas após serem cortadas ou amassadas; flores raras e estéreis. Originária de savanas do Sudeste Asiático (Índia), sendo muito cultivada em quase todos os países tropicais inclusive no Brasil, tanto para fins caseiros com
uso na medicina tradicional, como para fins industriais.

Capim-Limão
Capim-Limão

Ficha Técnica

Nome popular: Capim-limão

Nome científico: Cymbopogon citratus (DC.) Stapf

Família: Poaceae

Sinônimos populares: Capim-cidreira, capim-cheiroso, capimcidró, capim-santo

Sinônimos científicos: Andropogon citratus DC., Andropogon ceriferus Hack., Andropogon cerifer Hack.

Parte Usada

  • Folhas

Forma de Uso

  • Culinária
    • Uso dos “talos” (parte basal das folhas de coloração esbranquiçada) no preparo de sucos, sorvetes, drinks.
  • Medicinal

Uso Interno

  • Infusão
  • Sumo ou refresco

Uso Externo

  • Loção
  • Óleo de massagem

Posologia

  • Culinária: Para temperar a comida
  • Medicinal

Uso Interno

  • Infusão (contra gases, indigestão e/ou cólicas estomacais 5):
  • Adicionar 4 xícaras (cafézinho) das folhas rasuradas em 1 litro de água fervente. Tomar uma xícara 2 a 3 vezes ao dia.
  • Adicionar 20g de folhas em 1 litro de água fervente. Tomar 4 a 5 xícaras ao dia.
  • Sumo ou refresco: Juntar no liquidificador 40 folhas frescas trituradas com o suco de 4 ou 6 limões. Acrescentar 1 litro de água e misturar tudo. Em seguida coar em peneira fina e adoçar a gosto. Por fim colocar na geladeira. Tomar á vontade pois é desprovido de qualquer ação tóxica.

Uso Externo

  • Loção: Diluir 30 gotas do óleo essencial em uma colher (sopa) de vodca e 120 ml de água. Usar como repelente (pulgas, carrapatos e piolhos) ou como desodorante.
  • Óleo de massagem: Diluir 20 gotas do óleo essencial em 60 gotas do óleo de amêndoa. Massagear os músculos e ou abdômen para alivio de dores e cólicas.

Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal

Ação

  • Antiespasmódica;
  • Antimicrobiana/Bactericida (óleo essencial);
  • Analgésica (óleo essencial);
  • Calmante;
  • Estomáquico;
  • Carminativa;
  • Sedativa;
  • Diurética;
  • Antirreumática;
  • Repelente;
  • Antipirético (febrífugo);
  • Hipotensora;
  • Inseticida;
  • Fungicida;
  • Anti-helmintica;
  • Sudorífico.

Indicações

  • Alívio de cólicas estomacais, intestinais e uterinas;
  • Dores de cabeça, musculares e estomacais;
  • Problemas estomacais e intestinais (ex: indigestão, flatulência, gases, disenteria);
  • Nervosismo e estados de intranquilidade;
  • Febre;
  • Pressão alta;
  • Piolho, carrapatos e pulgas (usar como repente);
  • Insônia;
  • Diarreia;
  • Reumatismo;
  • Problemas renais.

Precauções

  • Evitar a presença de microfragmentos da folha no chá, pois podem causar pequenas lesões das mucosas que revestem o sistema digestivo (da boca aos intestinos).
  • Armazenar em recipiente hermético, protegido do calor, umidade e luz solar direta.
  • O óleo essencial não deve ser empregado sem orientação médica. Evitar altas doses do hidrolato (água contendo óleo essencial) dessa planta, pois pode provocar casos de hipocinesia (redução anormal da coordenação motora), ataxia (perda da coordenação dos movimentos musculares voluntários), bradipnéia (respiração mais lenta que o normal), perda de postura, sedação e diarréia.

Contra-indicações

  • Não há referências na literatura consultada.

Observações

  • Preferencialmente, o chá deve ser preparado com folhas frescas o que produz um sabor mais agradável.
  • As folhas possuem um forte odor de limão quando recentemente amassadas.

Curiosidades

  • O óleo essencial é usada também como aromatizante ambiental.
  • O seu uso é recomendado durante a gestação e lactação pois atua como estimulante lácteo.

Referências

  1. LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – SP: Instituto Plantarum, 2002. 512 p.
  2. DI STASI, L. C.; HIRUMA-LIMA, C. A. Plantas Medicinais na Amazônia e na Mata Atlântica. – 2ª Ed. – SP: Editora UNESP, 2002. 604 p.
  3. MARTINS, E. R.; CASTRO, D. M.; CASTELLANI, D. C.; DIAS, J. E. Plantas Medicinais – Viçosa: UFV, 2000. 220 p.
  4. TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Herbarium Compêndio de Fitoterapia – 4ª Ed. – Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001. 317 p.
  5. CURTIS, S.; GREEN, L.; ODY, P.; VILINAC, D. O Livro de Receitas das Ervas Medicinais – SP: Publifolha, 2011. 352 p

Tenha um excelente dia!

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