Arbusto grande ou arvoreta com cerca de 3 metros de altura. Folhas simples e coriáceas, de 5 a 7 cm de comprimento. Flores com pétalas vermelhas, formadas na primavera, dispostas solitariamente ou em grupos de até 5. Os frutos são do tipo baga e amadurecem durante o verão. Originária da Pérsia (hoje Irã).
Ficha Técnica
Nome popular: Romã
Nome científico: Punica granatum L.
Família: Lythraceae
Sinônimos Populares: Romeira, granada, milagreira, miligrana. 2
Sinônimos Científicos: Punica florida Salisb., Punica spinosa Lam. , Punica grandiflora Hort. ex Steud.
Parte usada
- Frutos
- Casca do fruto
- Casca do caule
- Casca da raiz.
Forma de Uso
- Ornamental
- Por ser uma arvoreta de até 3m de altura e possuir corola vermelho alaranjada, é utilizada como ornamental em jardins.
- Medicinal
Uso Interno
- In natura
- Decocção
Uso Externo
- Decocção
- Tintura
- Fitocosmético:
- Extrato glicólico
Posologia
Medicinal
Uso Interno
- In natura: Nas inflamações de boca e garganta pode-se mascar pequenos pedaços secos ou frescos da casca do fruto como se fossem pastilhas.
- Decocção: Nas inflamações de boca e garganta pode-se fazer bochechos ou gargarejos com o preparado de uma colher de sopa de pedacinhos da casca do fruto em uma xícara média d’água fervente por 10 minutos.
- Nas infestações por tênia deve-se usar o cozimento preparado com 40 a 60 g de pó da casca do tronco ou da raiz com 100 a 200 ml de água, fervendo-se a mistura por 10 minutos, que deve ser coado ainda quente através de um pano fino. Separa-se essa dose em 3 ou 4 porções, que deverão ser tomadas no intervalo de uma hora. Uma hora depois da última dose deve-se administrar um purgante de folhas de sene.
- Essa mesma preparação pode ser usada para eliminar vermes de gatos e cachorros, nas doses correspondentes de 5 g para gatos e 20 g para cães, administradas uma a duas vezes por ano.
Uso Externo
- Decocção: Com o preparado de uma colher de sopa de pedacinhos da casca do fruto em uma xícara média d’água fervente por 10 minutos pode se fazer lavagens e compressas nas áreas afetadas nos órgãos genitais no caso de herpes genital.
- Tintura: 20 gramas da casca do fruto seca em 100 ml de álcool 70% (p/p) e extrair por percolação para ser utilizado como anti-inflamatório de uso externo e antisséptico da cavidade oral.
- Fitocosmético
- Extrato glicólico: Seu extrato glicólico tem propriedade fotoprotetora contra raios UVB, além de antioxidante.
Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal
Ação
- Anti-inflamatória;
- Antidiarreica;
- Vermífuga;
- Antioxidante;
- Clareador da pele;
- Auxilia no tratamento de neoplasias e doenças cardiovasculares;
- Antifúngico;
- Antibacteriano.
Indicações
- Diarréia crônica;
- Desinteria amebiana;
- Afecções vaginais;
- Leucorréias;
- Gengivite;
- Faringite
Precauções
- Apesar da baixa toxicidade do extrato alcoólico da romã (DL50 = 280 mg/kg), seu uso por via oral deve ser feito com cautela pois a ingestão dos alcaloides ou do extrato em quantidade equivalente a 80 gramas da planta ou mais, produz grave intoxicação que atinge o sistema nervoso central, provocando paralisação dos nervos motores e consequente morte por parada respiratória.
Contraindicações
- O uso em crianças menores de 12 anos só pode ser feita sob orientação médica.
- A tintura não deve ser usada em gestantes, lactantes, crianças menores de dois anos, alcoólatras e diabéticos.
- Não ingerir o produto após o bochecho e gargarejo.
Observações
- Os frutos podem também ser consumidos in natura, em forma de geleia e de um vinho denominado de “grenadine”.
Curiosidades
- A romãzeira é uma fruteira exótica e cultivada no país desde os tempos coloniais, principalmente em pomares domésticos. Foi domesticada na Pérsia há cerca de 2 mil anos a.C.
Tenha um excelente dia!
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Referências
- LORENZI, H.; BACHER, L.;LACERDA, M.; SARTORI, S. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas de consumo in natura. – 1ª Ed. – SP: Instituto Plantarum, 2006. 426 p
- LORENZI, H.; MATOS, F. J. A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas. – 2ª Ed. – SP: Instituto Plantarum, 2008. 350 p.
- DEGÁSPARI, C.H.; DUTRA, A.P.C.. Propriedades fitoterápicas da romã (Punica granatum L.). Visão Acadêmica, Curitiba, v.12, n.1, Jan-Jun 2011.
- OLIVEIRA, J.R. DE; CASTRO, V.C.DE.; VILELA, P.D.G.F. et al. Atividade antimicrobiana do extrato glicólico de Punica granatum L. (romã) sobre Staphylococcus spp., Streptococcus mutans e Candida spp. Disponível
em: http://www.inicepg.univap.br/cd/INIC_2011/anais/arquivos/0338_0316_01. pdf. Acesso em: 20/08/2013. - ANVISA. Formulário de Fitoterápicos Farmacopéia Brasileira 1ª Edição,
- Disponível em: http://www.anvisa.gov.br/hotsite/farmacopeiabrasileira/conteudo/Formulario_de_Fitoterapicos_da_Farmacopeia_Brasileira.pdf . Acessado em: 20/08/2013
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Equipe de especialistas da Solaria