Plantas Medicinais

Conheça o Uso Medicinal da Amoreira

Árvore de porte médio, que pode atingir de 4 a 5 metros de altura, de copa grande, com folhas simples alternadas, com borda serrada ou dentada e flores esverdeadas, pequenas e reunidas em cachos. Os frutos, são compostos, formados pela reunião de diversos frutos menores (infrutescências), de coloração arroxeada-escura ou branca com sabor adocicado e ácido agradável. Nativa da China, e encontrada em diversas partes do mundo, é amplamente cultivada nas regiões Sul e Sudeste do Brasil.

Ficha Técnica

Nome popular: Amoreira

Nome científico: Morus sp.

Família: Moraceae

Sinônimos Populares: Amora-preta (Morus nigra L.);

Amora-branca (Morus alba L.)

Sinônimos Científicos: Morus atropurpurea Roxb., Morus indica L., Morus macrophylla Moretti para M. alba.

Não foram relatados sinônimos científicos na literatura consultada para a espécie.

Parte Usada

  • Folhas
  • Frutos
  • Folhas
  • Raízes
  • Cascas

Forma de Uso

  • Alimentício
  • Consumo do fruto in natura1
  • Medicinal

Uso interno

  • Infusão
  • Xarope
  • Decocção

Uso externo

  • Xarope
  • Decocção

Posologia

Alimentício

Consumo do fruto in natura:

O fruto pode ser consumido fresco ou cozido, e usado no preparo de tortas, geleias, compotas, pães e biscoitos.

Medicinal

Uso interno

  • Infusão: Picar 1 colher de chá das folhas da amoreira e acrescentar em uma xícara de água fervente, deixando em repouso de 10 a 15 minutos, coando em seguida. Tomar 1 xícara de 4 a 6 vezes ao dia, ajudando no controle do diabetes e para a ação diurética.
  • Xarope: Esmagar ao máximo algumas amoras negras e recolher o suco em um recipiente de alumínio ou de vidro. Adicionar açúcar em uma quantidade que tenha o dobro do peso do suco e colocar em fogo brando. Quando esta mistura adquirir a consistência de xarope, com “ponto de fio”, deixá-la esfriar e guardá-la num vidro bem fechado, conservando em local fresco e escuro. Em caso de tosse, tomar uma colher de sopa dissolvida em uma xícara de água quente.
  • Decocção: Adicionar 1 colher de sopa de raízes e cascas da amoreira em ½ litro de água fervente. Quando o líquido estiver morno, filtrar e adoçar com mel. Beber metade, pela manhã, em jejum, e a outra metade ao deitar. Para um efeito laxativo mais rápido, aumentar a quantidade para 2 colheres de sopa. Também os frutos frescos e temperados com um pouco de açúcar, especialmente os da variedade nigra, ajudam no funcionamento do intestino.

Uso externo

  • Xarope: Para as inflamações da garganta, devem-se diluir duas colherinhas do xarope em um cálice de água morna, empregando-a em gargarejos.
  • Decocção: Em fogo moderado, ferver cerca de meia xícara de chá das folhas picadas com ½ litro de água, até que esta se reduza à metade. Coar a mistura e empregar o líquido em gargarejos.

Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal

Ação

  • Antioxidante
  • Laxativa
  • Expectorante
  • Antiinflamatória
  • Tônica (efeito revigorante)
  • Diurética
  • Refrescante
  • Expectorante
  • Anti-hipertensiva
  • Diaforética (provoca o aumento da transpiração)
  • Hipoglicemiante (reduz os níveis de açúcar no sangue)

Indicações

  • Diabetes
  • Constipação (prisão de ventre)
  • Hipertensão
  • Tosse
  • Inflamações na garganta

Precauções

Não foram relatadas precauções na literatura consultada.

Contraindicações

O fruto não deve ser consumido em caso de diarreia.

Curiosidades

A amora é cultivada para a produção de folhas, que servem de alimento na criação do bicho-da-seda, seu cultivo se espalhou junto com a criação do bicho-da-seda, principalmente pelo Mediterrâneo. No Brasil, a espécie Morus nigra é frequentemente confundida com a amora-silvestre (Rubus ulmifolius S.).

Referências

  1. LORENZI, H. et al. Frutas Brasileiras e Exóticas Cultivadas (de consumo in natura). Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2006.
  2. “Plantas Medicinais”, Escola Superior de Agricultura “Luiz de Queiroz”, Universidade de São Paulo. Disponível em: http://ci67.ciagri.usp.br/pm/ver_1pl.asp
  3. “Plant Guide – White Mulberry (Morus alba L.)”, United States Departament of Agriculture. Disponível em: http://plants.usda.gov/plantguide/pdf/pg_moal.pdf. Acesso em: 02 de julho de 2013.
  4. KUMAR, V; CHAUHAN S.” Mulberry, life enhancer”. Journal of Medicinal Plants Research, BBAU, Lucknow, v. 2, out 2008. Disponível em: http://www.academicjournals.org/jmpr/pdf/pdf2008/October/Kumar%20and %20Chauhan.pdf
  5. COIMBRA, R; SILVA, D. E. Notas de Fitoterapia- Catálogos dos dados principais sobre plantas utilizadas em Medicina e Farmácia. 2 ed.Rio de Janeiro: L.C.S.A., 1958.
  6. “Multiligual Multscript Plant Name Database. Morus names”, University of Melbourne. Disponível em:
    http://www.plantnames.unimelb.edu.au/Sorting/Morus.html. Acesso em: 02 de julho de 2013.

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