Erva aromática, de folhas grandes, flores amareladas, pequenas e dispostas em espigas. Cada raiz mede até 10 cm e, quando cortadas, apresentam o interior de cor amarelo brilhante. Tem aroma forte e agradável e sabor picante e aromático. Originária da Índia, sendo cultivada em todo mundo tropical.
Ficha Técnica
Nome popular: Açafrão da terra
Nome científico: Curcurma longa L.
Família: Zingiberaceae
Sinônimos Populares: Cúrcuma, gengibre-amarelo
Sinônimos Científicos: Amomum curcuma Jacq., Curcuma domestica Valeton, Curcuma sichuanensis X.X. Chen
Parte Usada
Rizoma (caule subterrâneo)
Forma de Uso
Medicinal
Uso interno
- Decocção
- Tintura
- Pó
- Pomada
Posologia
Medicinal
Uso interno
- Decocção: Tomar ½ xícara, três vezes ao dia, no combate a distúrbios digestivos (ver Indicações).
- Tintura: Tomar de 2 a 4mL (40 a 80 gotas) com um pouco d’água, três vezes ao dia para a redução do colesterol ou 1 colher de chá para alívio de cólicas menstruais.
- Pó: Tomar de 1 a 2g (½ a 1 colher de chá) com um pouco d’água, suco ou leite para a artrite.
- Pomada: Aplicar de duas a três vezes ao dia em regiões da pele afetadas por psoríase, pé-de-atleta e micose.
Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal
Ação
- Carminativa (provoca a expulsão de gases intestinais)
- Colagoga (auxilia na digestão de gorduras)
- Colerética (estimula a produção de bile)
- Antioxidante (protege tecidos, células, DNA, proteínas e outros componentes importantes contra moléculas destrutivas que ajudam a provocar doenças cardíacas, câncer, catarata, artrite, perda de memória e envelhecimento)
- Desintoxicante
- Bactericida
- Anti-inflamatória
- Hipolipemiante (reduz os níveis de colesterol)
- Hipoglicemiante (reduz dos níveis de açúcar no sangue).
Indicações
- Dispepsia (dificuldade de digestão)
- Artrite (inflamação nas articulações)
- Gases intestinais e estomacais.
Precauções
- Pode causar irritação na pele ou fotossensibilidade.
- Diabéticos devem informar ao médico o uso do açafrão da terra. Seu uso combinado com medicamentos antidiabéticos pode aumentar o efeito e levar à hipoglicemia.
- O uso do açafrão da terra deve ser suspenso, pelo menos duas semanas antes de uma cirurgia. Suas propriedades anticoagulantes podem trazer riscos de hemorragia. O médico deve ser informado do uso do açafrão.
- Possíveis interações podem ocorrer entre o açafrão e medicamentos anticoagulantes como Warfarina, Aspirina, ClapidogrelI, etc.
- Possíveis interações podem ocorrer entre o açafrão da terra e medicamentos que controlam a acidez estomacal, como Cimetidina, Ranitidina, Omeprazol, etc.
Contraindicações
- Gestantes (porém, quantidades culinárias são totalmente seguras).
Observações
- A colheita deve ser feita quando a planta perde a parte aérea, depois da floração. Nessa época, os rizomas apresentam coloração amareloalaranjada.
- No Brasil, o açafrão da terra (Curcuma longa L.) é geralmente confundido com o açafrão-verdadeiro (Crocus sativus L.), da família Iridaceae, também usado como corante de alimentos. Por este motivo, é consenso no meio científico a denominação da espécie Curcuma longa, de cúrcuma ou curcuma.
- O uso do açafrão da terra em alimentos é considerado seguro.
Curiosidades
- Na índia e na Indonésia, as folhas são usadas para temperar ensopados e embrulhar alimentos que serão cozidos.
- A cúrcuma é amplamente utilizada na indústria alimentícia e de corantes, em confecção de bolos, macarrão, queijos, biscoitos, margarinas e carnes.
Referências
- LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
- CURTIN, S. et al.; O Livro de Receitas das Ervas Medicinais. [tradução Dafne Melo]. São Paulo: Publifolha, 2011.
- FILHO, A. B. C.” Épocas e densidades de plantio sobre a fenologia e rendimento econômico da cúrcuma (Curcuma longa L)”1996. 111f. Tese (Doutorado em Agronomia) – Escola Superior de Agricultura de Lavras, Lavras, 1996. Disponível em: http://www.esalq.usp.br/siesalq/pm/acafrao/INTROD.pdf. Data de acesso: 21 de maio de 2013.
- “University of Maryland – Medical Center: Turmeric”. Disponível em: http://www.umm.edu/altmed/articles/turmeric-000277.htm. Acesso em: 21 de maio de 2013.
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