Plantas Medicinais

Conheça o Uso Medicinal do Absinto

Planta subarbustiva, de caule coberto por pelos curtos e com pouco mais de 1m de altura. Folhas com múltiplas fendas, de 7 a 12 cm de comprimento e de coloração verde-prateada. Flores amarelas e agrupadas em cachos. A planta é aromática, porém todas as partes possuem sabor muito amargo. Natural da Europa, Ásia e norte da África. Cultivada na América do Norte, Europa e Brasil.

Ficha Técnica

Nome popular: Absinto

Nome científico: Artemisia absinthium L.

Família: Asteraceae

Sinônimos Populares: Losna, artemísia, sintro

Sinônimos Científicos: Artemisia absinthium var. absinthium e Artemisia absinthium var. insipida Stechm.

Parte usada: Folhas e parte superior dos ramos contendo flores.

Forma de uso

Medicinal

Uso Interno

  • Infusão
  • Vinho Medicinal
  • Tintura
  • Extrato seco

Uso Externo

  • Decocto

Saiba quais as formas e como preparar a planta medicinal

Posologia

Medicinal

Uso interno

  • Infusão: 20g das folhas e flores picadas em 1L de água fervente. Misturar tudo, cobrir e deixar em repouso de 5 a 10min até chegar à temperatura apropriada para ser bebido. Tomar 2 xícaras ao dia, antes ou após as refeições. Como estimulante de apetite, usar 5 a 15 gramas por litro de água1. De acordo com Lorenzi e Matos (2002), os chás indicados para males do aparelho digestivo, indigestão, mal estar do estômago, diarreia etc., devem ser tomados gelados ou frios.
  • Vinho Medicinal: deixar macerar de 10 a 15 dias 20g de folhas e sumidades florais em 1L de vinho tinto, branco ou licoroso. Ao final, o preparado deve ser filtrado. Tomar 1 cálice após as refeições.
  • Tintura: Em geral deixam-se as partes vegetais secas ou frescas grosseiramente trituradas embebidas em álcool durante 8 a 10 dias. Coar a mistura, que deve ser, em seguida, filtrada e guardada em um recipiente protegido da luz solar e do ar. Utilizar 20 a 40 gotas ou 1 a 4mL, 2 a 3 vezes ao dia, antes ou após as refeições.
  • Extrato seco: 200mg/dose, 2 a 3 vezes ao dia, antes das refeições.
  • Pó: A preparação é feita secando-se a planta suficientemente para que fique quebradiça abaixo de 60o. Isto pode ser conseguido deixando-se o material no forno depois de apagado o fogo, ou sobre a chapa do fogão ainda quente, mas que permita ser tocada com a mão. Depois de seca a planta, pode ser triturada com as mãos e em seguida peneirada através de uma peneira ou pano fino. O pó obtido deve ser conservado em frasco bem fechado, evitando a formação de mofo ou grumos por absorção de umidade. Tomar 1g, 3 vezes ao dia antes das refeições.

Uso externo

  • Decocto: Ferver 1L de água com uma mão cheia da planta fresca. Realizar lavagens e compressas locais com o material após cozimento (decocto) em pequenos ferimentos e picadas de insetos.

Ação

  • Antisséptica;
  • Carminativa (provoca a expulsão dos gases intestinais);
  • Tônica (diminui a fadiga e o cansaço);
  • Vermífuga;
  • Emenagoga (provoca ou aumenta o fluxo menstrual);
  • Estimulante de apetite;
  • Auxilia na disfunção estomacal (estomáquica);
  • Colagoga (auxilia na digestão de gorduras).

Indicações

  • Gases intestinais, cólicas, diarreias;
  • Parasitoses intestinais;
  • Retenção de líquidos (hidropisia);
  • Perturbações gástricas;
  • Falta de apetite;
  • Dismenorréia;

Precauções

  • Utilizar somente a dosagem recomendada e durante o tempo de tratamento especificado. Altas doses podem provocar efeitos tóxicos, como vômitos, cólicas no estômago e intestinos, dor de cabeça, zumbido nos ouvidos e convulsões.
  • O uso em gestantes e lactantes é totalmente contraindicado, apresentando risco de aborto e tornando amargo o leite das mulheres em período de amamentação.
  • O chá não deve ser adoçado, uma vez que o açúcar e o princípio amargo não são compatíveis.
  • O tratamento não deve exceder 3 semanas.

Contraindicações

  • Gestantes, crianças em período de amamentação e pessoas sensíveis que apresentam irritações gástricas e intestinais.

Observações

Armazenar em recipientes herméticos, em ambiente seco e arejado, ao abrigo da umidade e luz solar.

Curiosidades

  • As virtudes medicinais da losna são conhecidas desde a antiguidade. Há registros da planta em um papiro egípcio datado de 600a.C.
  • O nome losna vem do grego e significa “privado de doçura”.
  • O unguento de losna era usado para afastar duendes e fantasmas durante a noite.

Referências

  1. TESKE, M.; TRENTINI, A. M. M. Losna. In: __. Herbarium Compêndido de Fitoterapia. Curitiba: Herbarium Lab. Bot. Ltda, 2001.p. 199-201.
  2. LORENZI, H.; MATOS, F.J.A. Plantas Medicinais no Brasil: nativas e exóticas cultivadas. Nova Odessa: Instituto Plantarum, 2002.
  3. MARTINS, E. R. et al. Plantas Medicinais. Viçosa: Editora UFV, 2000.
  4. CURTIN, S. et al; O Livro de Receitas das Ervas Medicinais. [tradução Dafne Melo]. São Paulo: Publifolha, 2011.

Tenha um excelente dia!

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